"Abraço-te,
percebo-te no silêncio dos teus lábios
nos olhos húmidos
repousando na maresia,
pintada pelo sol
em cores que não se sabem dizer;
não se copiam.
Sinto os teus braços
nos meus,
sinto todo o teu corpo tremer.
O teu cabelo fala ao vento
e liga-se aos meus lábios
olhamos,
com o olhar paralelo,
como se fossemos
um par de dois olhos
um ser estranho,
bicéfalo.
A ternura da tua pele
arrecadada nos meus dedos,
tem a textura de todas as memórias,
o sabor de ti
o teu cheiro
que me violenta e inebria
que não me deixa esquecer,
que vivo de ti.
Depois ficam as palavras,
lidas, relidas,
o tema sempre repetido
eterno amor.
Que do resto,
do mundo de todas as histórias,
as cicatrizes da alma
mostram,
testemunhas
permanentes, confidentes
que nunca nos deixam sós...
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